Todos os anos, os moradores da zona norte de Ilhéus têm que lidar com os problemas do avanço da maré e a destruição causada pela força da água. Normalmente, os meses de agosto e setembro são os piores, devido à grande variação da maré e à influência da lua nesse período. Este ano, os problemas começaram mais cedo e já causaram prejuízos para moradores e comerciantes locais.

Nesta quarta-feira (22/7), a maré acabou destruindo parte de uma cabana de praia no bairro do São Domingos, e o famoso point de surfe, Bangalô North Shore, que pertence a Dirceu, mais conhecido como Cabeça, figura folclórica do lugar, também corre sérios riscos de ser levado pela força da água.

Em diversos trechos ao longo da praia do Norte se formaram bacias enormes, e é justamente nesses locais que o avanço da maré ocorre com mais violência.

Na cabana Yemanjá, localizada no início da orla, está um dos piores trechos, que impressiona pela força das ondas, que de tão forte, joga água no asfalto da BA-001, rodovia que liga Ilhéus a Itacaré. Neste mesmo trecho, há alguns anos, parte da pista foi destruida pela maré, e o problema, além de ser recorrente, se agrava a todo ano.

Com a construção da nova ponte da cidade, as pedras usadas na obra foram despejadas pela Prefeitura de Ilhéus em ruas dos bairros São Miguel e São Domingos, com a promessa de que seriam utilizadas para uma obra de contenção da maré.

Até o momento, não se sabe se tal obra será realizada, e enquanto isso, os moradores nada podem fazer, pois há relatos de que pessoas que moveram essas pedras, afim de conter o avanço e proteger suas casas, foram multadas por funcionários da Prefeitura.

 

 

 

 

 

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Uma publicação compartilhada por SurfBahia nas praias (@surfbahianaspraias) em 22 de Jul, 2020 às 1:32 PDT