O mistério do dragão azul
Molusco desperta curiosidade de surfistas e banhistas no litoral baiano
O aparecimento de um molusco em algumas praias do litoral baiano tem despertado grande curiosidade e até um certo temor por parte de banhistas e surfistas.
Trata-se do 'dragão azul', da espécie Glaucus atlanticus.
Os animais possuem cerca de 1 a 3cm de comprimento e vivem junto à superfície da água do mar. Se alimentam de cnidários, como caravelas e porpitas.
Eles são trazidos às praias por razões naturais, como fortes ventos e correntes marinhas. Alguns acabam morrendo e servindo de alimento para outros animais marinhos.
De acordo com o setor de Malacologia, Departamento de Invertebrados do Museu Nacional/UFRJ, os Glaucus não representam grandes riscos ao seres humanos, mas não devem ser molestados ou ingeridos.
A recomendação é de que os banhistas não mexam nos animais quando encontrá-los na areias. Geralmente, o dragão azul, assim como águas-vivas, encalham ainda vivos e depois acabam morrendo.
Segundo o professor Alberto Lindner, responsável pelo laboratório de Biodiversidade Marinha da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), há registros na literatura que se ele comer a caravela portuguesa pode causar queimadura. "Vai depender do que ele comeu. É um molusco sem conchas e usa a toxina da água viva para se proteger", explicou Lindner em reportagem produzida pelo G1 em fevereiro deste ano.