O ano de 2015 tem sido de muito surfe no Peru.  Em maio, pude  surfar um swell histórico que, segundo os locais de Pico Alto, não se via há mais de 20 anos.

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Foi uma experiência incrível surfar as maiores ondas da minha vida junto com os locais mais cascas-grossas do Peru. Essa trip foi bate e volta, só na intenção de surfar esse mega swell proporcionado pelo fenômeno El Niño e pela intensa movimentação de tempestades no Pacífico Sul. Foi realmente muito desafiador.



Nas férias de São João, por mais um ano seguido, levei outro grupo de alunos formados pelo Centro de Terapia em Surf. Dessa vez, surfamos o norte peruano, mais precisamente Lobitos, pico clássico de esquerdas longas e perfeitas. Foi tudo muito legal. Ficamos hospedados no Alanas Surf Hostels, de propriedade da simpática Diana, que, junto com o master chef Kokie, nos proporcionou dias de muitas ondas e comida de excelente qualidade, frutos do mar todos os dias e barato.

Os dias se passaram e a chegada de um bom swell de sudoeste fazia crescer ainda mais as expectativas dos meninos que não viam a hora de surfar a famosa onda de Lobitos e também Piscinas. O bendito swell chegou exatamente a dois dias da nossa partida para o sul do Peru. A turma, sempre animada, dormia às 8 e acordava às 5 pronta pra surfar. Pegamos altas ondas e os meninos ficaram loucos com a perfeição do pico.

Rumamos em direção ao sul do Peru, mais precisamente a linda e aconchegante cidade de Punta Hermosa, lugar por onde tenho muito carinho e que conheço há mais de 20 anos. Chegamos com uma bomba de sul que fez quebrar mais uma vez Pico Alto, porém, como dessa vez estava acompanhando a turma, não pude me aventurar por lá e tive que surfar ondas mais calmas com a gurizada, me mordendo por dentro, mas tudo certo. Estava uns 15 a 18 pés, nada comparado ao swell passado que tinha de 25 a 30 pés de face.

Ficamos uns seis dias e todos os dias tiveram ondas de no mínimo 2 metros pra alegria do japonês, que, assim como eu, era regular. Surfamos Punta Rocas, La Isla e Caballeros de gala, só com os locais mais cascas-grossas de Lima.

Mais uma trip pra conta do CTS e certeza de que ano que vem estaremos de volta pra aperfeiçoar e dropar as melhores ondas para surfistas intermediários da América do Sul que querem desenvolver suas técnicas e evoluir seu surfe.