Paixão e gratidão

Fotógrafo e produtor audiovisual Sávio Ribeiro conta a sua história


Sávio Ribeiro, 30 anos, tornou-se uma das principais referências em fotografia e produção audiovisual de surfe na Bahia.

Ele começou a ter contato com as imagens de surfe em agosto de 2011, quando saiu de uma empresa em que trabalhava. "Peguei a rescisão e o seguro, mas não sabia no que investir. Era um sonho trabalhar com o surfe, que, hoje, me trouxe paz e mudou minha vida, literalmente", diz Sávio.

O fotógrafo e produtor audiovisual conta que se sentia no dever de retribuir essa mudança ao esporte, de alguma forma, mas não sabia como. "Para encontrar as respostas, no caso do surfista, o lugar mais apropriado é na água, surfando. Não sabia com o que seria exatamente, mas tinha certeza de que o mar me diria alguma hora", continua.

Um certo dia, sentado no outside da praia da Terceira Ponte, ouviu dois camaradas conversando, falando que na semana anterior havia rolado um swell épico e que, mais uma vez, ficaria só na memória, já que nunca tinha ninguém para registrar. "Captei esse breve comentário e tive a certeza de que uma nova fase da minha vida se iniciava ali. Naquele dia, fiz meu primeiro investimento em equipamento, as peças foram se encaixando e procurei aprimorar meus conhecimentos", diz.

Sávio fez cursos básicos de edição de vídeo e descobriu que existia até faculdade para essa área. Hoje é formado em Produção Audiovisual, fez um curso de fotografia do surfe em Saquarema (RJ) com o renomado fotógrafo de surfe Sebastian Rojas e sempre está procurando por referências para lapidar o seu trabalho, como Paulo Barcellos, Clark Little, Ray Collins, entre outros. "Com tudo isso, não posso esquecer de dizer que essa é uma forma de mostrar o meu real sentimento pelo esporte, valorizando a cena do surfe baiano, registrando e divulgando atletas de grande potencial pelo Brasil afora, dando visibilidade a muitos que jamais seriam notados se não fosse esse trabalho que venho realizando", revela.

Aos mais novos na área, ele diz que não é fácil levar adiante esse trabalho sem que, antes de tudo, tenha amor pelo que faz. "Eu amo o surfe, amo o mar e digo que a maior motivação para me manter firme nessa jornada nunca foi o dinheiro - se o objetivo for apenas esse, tenho certeza que a experiência será só de passagem", fala Sávio. "Meu comprometimento com esse trabalho se deve à paixão e à gratidão pelo esporte que me livrou de momentos de dúvida e trouxe paz pra minha vida. Neste ano completo 6 anos de trabalho com as imagens do surfe e, em maio, vou realizar um dos meus grandes sonhos: mostrar e aprimorar o meu trabalho na Indonésia, onde terei experiências alucinantes", finaliza o baiano.

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