Do oeste para o mar

Paulo dos Reis sai do oeste baiano para brilhar no Windsurf


Um dos favoritos para disputa do Campeonato Sul-Americano de Windsurf que acontece no Porto da Barra a partir desta quinta-feira (11/10), Paulo dos Reis é baiano, mas só conheceu o mar em São Paulo.

Natural de Cotegipe, cidade do extremo oeste baiano que fica a 819 quilômetros de Salvador, ele se mudou ainda novo para região Sudeste do país e lá se apaixonou pelo esporte.

"Toda minha família é baiana, morei na Bahia até os 13 anos, quando fui para São Paulo. Nasci no interior, em uma cidade chamada Cotegipe, que fica perto de Barreiras, e fui conhecer o mar em São Paulo, na Ilha Bela", contou ao SurfBahia.

Aos 35 anos, Paulão, como é conhecido, tem no currículo um vice-campeonato mundial e um título sul-americano. Ele relembra quando surgiu o interesse pelo windsurf. "Conheci em Guarapiranga, que é uma lagoa. Vi um cara velejando quando criança e fiquei apaixonado pelo esporte. Procurei um lugar para aprender, só que o equipamento era muito caro, não tinha condições de pagar aula, e a forma para entrar no esporte foi trabalhar com isso. Consegui um emprego e comecei a aprender a velejar na escola".

Lugar ideal Com a experiência de quem já praticou windsurf em diversas partes do mundo, Paulo dos Reis acredita que o Sul-Americano tem tudo para ser um sucesso na capital baiana, uma vez que as condições para prática do esporte são ideais.

"A Bahia, Salvador principalmente, é um lugar muito bom para velejar. Eu velejei aqui em 2002 pela primeira vez, aqui no Farol da Barra mesmo. Vim correr o Campeonato Baiano, o qual eu ganhei. O lugar é realmente incrível, a água cristalina, o clima alucinante. Nota dez para velejar. O baiano tem que aproveitar o local que tem, as condições de vento e realmente começar a velejar, porque é incrível. Eu já velejei em vários lugares do mundo e fiquei impressionado", elogiou.

Expectativas O atleta baiano radicado em São Paulo chega para disputa em Salvador como um dos favoritos, mas mantém os pés no chão. "Nesse campeonato aqui, o Campeonato Sul-Americano de 2012 da Fórmula One Design, os atletas usam o mesmo equipamento. É a mesma prancha, mesma vela: equipamento padrão. O atleta que ganhar realmente está melhor", lembrou.

Apesar da humildade, ele também demonstra confiança em um bom desempenho nas águas baianas. "Eu treino muito, faço um trabalho muito forte de preparação física. Estou preparado, espero conseguir fazer um bom campeonato. É largar bem e desejar bons ventos para terminar o campeonato em primeiro no geral".

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