Focado e vacinado

Bruno Galini fala sobre China, Equador, Hawaii e Brasil Surf Pro


Aos 25 anos, o ilheense Bruno Galini está pronto para fazer a viagem mais longa da carreira.

Mesmo com muitas trips na bagagem, ele ainda não havia conhecido outros destinos fora da América do Sul.

Com algumas passagens pelo Peru e, recentemente, Equador, Galini arruma as malas para representar o Brasil no ISA China Cup, competição especial promovida pela International Surfing Association (ISA).

A prova tem início no próximo dia 7 de janeiro vai até 14, nas ondas de Wanning, em Hainan Island, China.

Durante as disputas, ele será orientado pelo técnico e conterrâneo Gabriel Macedo. Também, na delegação, o ilheense Adalvo Argolo, presidente da Confederação Brasileira de Surf (CBS).

O time verde-amarelo conta ainda com Tomas Hermes, Wiggolly Dantas e Messias Félix na categoria Open, bem como Diana Cristina e Bruna Schmitz no Feminino.

"Vai ser uma grande experiência de vida. Quero surfar muito bem nesse campeonato e estou treinando todos os dias, de manhã e à tarde. Vou passar revéillon treinando porque no dia 2 estou partindo para a China, muito focado e determinado", garante Bruno.

No início do mês, ele participou dos Jogos Sul-Americanos de Praia em Manta, Equador. "Estava me sentindo muito bem. Tinha uma prancha muito boa, mas infelizmente perdi logo no evento principai. Surfei bem e no critério, manobrando com a borda da prancha e jogando água, mas perdi", lamenta o baiano.

"Depois disso eu fui para a repescagem e fiz o que eles queriam - quantidade de manobra e não qualidade", ironiza Galini ao comentar o sempre polêmico julgamento em eventos sancionados pela ISA.

Na repescagem, ele avançou três baterias, sempre com notas altas. O mesmo aconteceu no duelo em que deu adeus à competição.

Depois de começar bem, com uma nota na casa dos 8 pontos, ele passou a ajudar os compatriotas Rafael Teixeira e Lucas Silveira, evitando que um surfista do Peru avançasse.

Porém, os brasileiros viraram o duelo e um deles passou a marcar Bruno nos minutos finais. "Eu queria muito a vitória nesse campeonato, mas foi o evento em que mais aprendi com a derrota. Aprendi no surf e muito como pessoa. O que faltou para eu chegar mais longe foi que eu tinha de pensar na individualidade. Pensei no grupo, no Brasil, e perdi", revela Bruno.

Campeão nordestino e terceiro do Brasil no ano de 2010, o surfista revelado na praia do Sul voltou a fazer bonito este ano.

Foi vice no Brasil Surf Pro disputado em Pernambuco e foi até a última etapa brigando pelo título nacional. "No BSP eu comecei bem o ano, em Pernambuco e Búzios (RJ), mas nas três últimas etapas perdi logo de cara. Estava me sentindo bem, confiante, mas não consegui passar pelas baterias. Nunca gostei de questionar resultados, então se perdi é porque preciso melhorar. Eu sempre penso assim e procuro aprender com as derrotas", acredita Galini.

Depois de disputar o ISA China Cup, ele embarca rumo ao Hawaii, onde encara sua primeira temporada até março. "Vou evoluir, aprender de verdade. Falta isso em mim. Quero aprender a completar um tubão, a dar uma rasgada numa onda grande. Estou indo com muita vontade e humildade. Vou aprender e aperfeiçoar o que já sei. Quero muito evoluir", finaliza o atleta.

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