Teahupoo para maiores

Nosso colunista Lalo Giudice comenta as expectativas para a etapa de Teahupoo, no Tahiti


Chegamos em Teahupoo, graças a Deus, chegamos! A onda que diferencia os homens dos meninos, os atirados dos maroleiros, os que já escreveram o nome e os que se traumatizaram, sedia mais uma vez uma etapa do Circuito Mundial, o Tahiti Pro, que tem janela de abertura para esta quarta-feira, dia 21 de agosto, e vai até o dia 1º de setembro.

O forecast oficial do evento, o Surfline nos indica um swell mediano para intermediário, com probabilidade de uma ondulação mais consistente nesta próxima sexta e sábado e mais um outro swell nos últimos dias da janela de espera. Desta forma, mais um Teahupoo mediano pra pequeno na maioria dos dias, da mesma forma que aconteceu ano passado e ano retrasado. Aguardaremos ansiosamente.

Falando nisso, coincidência ou não, a triagem voltou a quebrar grande, pesado, um verdadeiro show de surf para quem pode acompanhar de perto ou mesmo em smartphones. No dia 17 então, a entidade máxima do esporte não deu início às triagens devido ao mar estar muito pesado. Fiquei acompanhando todo o free surf e um fato me chamou bastante atenção: só free surf na água, pouquíssimos competidores. Engraçado que no início dos anos 2000, se acontecesse esse tipo de situação, você viria um espetáculo dos irmãos Irons, dos Hobgood, dos Lopez, dos atletas que iriam competir neste mesmo evento e não perderiam esta oportunidade jamais.

Hoje em dia, nesse tipo de condição, Nathan Florence, Jack Robinson, Lucas Chumbo são quem comanda o show e apenas pouquíssimos competidores se aventuraram neste fatídico dia 17 de agosto. Acredito que JJF, Gabriel Medina, Kelly Slater, além de Julian Wilson, não entram nesse bolo, pois sabemos que são os mais tube riders do mundo e não precisam provar mais nada para ninguém, porém, o resto passou de longe. Não são raiz, são nutella, essa é a pura verdade.

Filipe Toledo, vice-líder do ranking, tem uma grande chance de pegar a lycra amarela, mas para isso, vai ter que surpreender a todos. Mesmo ficando em terceiro ano passado, não aposto minhas fichas em Filipinho nesse tipo de condição. Tomou uma surra de Jack Robinson em The Box. Em Teahupoo, com uma condição semelhante - ondas em slabs, pra esquerda ainda - pode perder para qualquer Top. Qualquer um mesmo, sem exceção.

Italo vem com a faca nos dentes como sempre e deverá fazer um grande campeonato. Mais embalado que ele vem Gabriel Medina, atual campeão de Teahupoo e que possui um retrospecto sensacional nesta arena. Já são duas vitórias, dois vices e um terceiro em uma bateria muito mal julgada em 2016 contra seu maior rival, o também bicampeão mundial John John Florence. Venho comentando com alguns amigos em alguns grupos e farei questão de expressar aqui meu pensamento: Se Gabriel Medina vence Teahupoo, tenho certeza que será tricampeão mundial de surf este ano.

A conta é simples: ganha o Tahiti. No Rancho é no mínimo um segundo, fato, e depois são as três ultimas etapas do ano, que a gente já conhece muito bem. França, Portugal e Hawaii. Pode apostar, se Gabriel Medina ganhar a etapa do Tahiti, pra mim já era.

Pra turma de baixo, em especial nosso esquadrão brazuca, estou acreditando muito em Yago, Jadson, Adriano de Souza, Jesse e Caio Ibelli. Willian e Michael Rodrigues deverão ter muita dificuldade nos slabs de Teahupoo.

Boa sorte e boas ondas.

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