Raio X da elite

Nosso colunista Lalo Giudice analisa os Top 34 que disputarão o título mundial da WSL


As direitas de Snapper Rocks, na Gold Coast, recebem a abertura do Circuito Mundial. Foto: WSL


Faltam poucos dias para o inicio do Circuito Mundial de Surf Profissional 2019, o World Tour, que acontecerá tradicionalmente nas perfeitas e divertidas direitas de Snapper Rocks, na Gold Coast, Austrália.

Como em toda temporada, os 34 melhores surfistas do mundo, mais as 18 melhores do feminino, duelarão na busca do tão sonhado titulo de campeão mundial de surfe. A grande novidade para este ano é a premiação igual tanto para os homens quanto para as mulheres, fato este inédito para todos os esportes.

Desta forma, iremos apresentar em três colunas distintas, os 34 atletas que compõem a elite do surf mundial neste ano, dando uma pitada de parcialidade e opinião, utilizando é claro, como um bacharel em administração que sou, alguns critérios específicos provindos da tão famosa análise SWAT, que são eles: pontos fortes, pontos fracos, ameaças e oportunidades.

34 – Kelly Slater - O mito, 11x campeão mundial de surf, fez o que quis ano passado. Mas, com um atestado médico debaixo do braço, recebeu o convite da entidade para este ano.

Pontos Fortes – Ondas de consequência.
Pontos Fracos – Ondas pequenas e mexidas.
Oportunidade – A tão sonhada vaga nas Olimpíadas.
Ameaças - Uma nova geração chegando muito forte, além do condicionamento, que não é mais o mesmo com 47 anos de idade. Opinião do Colunista - O melhor surfista de todos os tempos pode brigar pelo top 10 do Circuito Mundial, além de ter grandes chances de participar das Olimpiadas de Tóquio pelos EUA.

Kelly Slater

33 – Jack Freestone – O talentoso bicampeão mundial Pro Junior retorna ao WT depois de duas temporadas correndo o QS.

Pontos Fortes - Surfista muito talentoso e progressivo.
Pontos Fracos – Ondas de consequência e inconsistencia nas baterias. Oportunidade – Mais maduro, pode se garantr pelo próprio CT. Ameaças – Jack já mostrou que o seu lado freesurfer se sobrepõe ao de competidor.
Opinião do Colunista – Um dos maiores talentos que surgiram na Austrália nos últimos anos e tem tudo para deslanchar esse ano, brigando pelo top 10.

32 – Soli Bailey, o australiano aborígene, vai para sua estreia na elite do surf mundial.

Pontos Fortes - Power surf e gosto para ondas de consequência.
Pontos Fracos - Inexperiência e aptidão para ondas pequenas para esquerda.
Ameaças - Focar só no CT neste primeiro ano pode ser perigoso para os rookies.
Oportunidades – Ter a chance em seu primeiro ano de se firmar entre os melhores do mundo.
Opinião do Colunista - Vai brigar para se garantir na elite para o próximo ano.

31 – Jadson André – Nosso guerreiro potiguar vai para mais um ano de CT e pelos seus últimos resultados neste inicio de ano nos QS, está praticamente garantido para a temporada 2020.

Pontos Fortes – Se adapta a qualquer condição facilmente.
Pontos Fracos - Seu estilo batendo na prancha podem atrapalhar em suas notas.
Oportunidades – Grandes chances de fazer o melhor ano de sua vida, já que, como disse acima, já está praticamente garantido para 2020. Ameaças - Não tem.
Opinião do Colunista - Exímio competidor, passa pela melhor fase da carreira. Deverá ficar entre os Top 16.

Jadson Andre

30 – Leonardo Fioravanti - O italiano apadrinhado por Kelly Slater retorna ao CT após ficar uma temporada de fora.

Pontos Fortes – Frontside afiado e um power surf.
Pontos Fracos – Progressividade e ondas pequenas e mexidas, principalmente para esquerda.
Oportunidades - Como é o único italiano no Tour, já está nas Olimpíadas de Tóquio, só ficando de fora por contusão ou dopping. Ameaças - Suas diversas contusões, que já o fizeram ficar parado. Opinião do Colunista – Surfa muito, vai brigar pelo top 10 este ano.

29 – Ricardo Christie – Surfista experiente neozeolandês, que também retorna ao WT.

Pontos Fortes - Surfa bem na marola mexida, principalmente de frontside.
Pontos Fracos - Ondas de consequência para esquerda e tubulares. Oportunidades – Mais um que já está garantido para as Olimpidas de Tóquio pelo seu país.
Ameaças - Surf pouco progressivo pode dar espaço para os novos estreantes.
Opinião do Colunista – vai brigar para tentar se garantir para a temporada 2020.

28 – Deivid Silva - Nosso DVD vai para sua primeira temporada entre os melhores do Tour.

Pontos Fortes - Backside afiadissimo, além de andar muito quando as ondas estão minúsculas.
Pontos Fracos - Falta de experiência no Tour e aptidão para ondas de consequência.
Oportunidades - Em seu primeiro ano, DVD tem a chance de se garantir pelo CT, e com muita sorte, buscar uma vaga nas Olimpíadas de Tóquio em 2020.
Opinião do Colunista – Tentar focar no QS, pois se garantir pelo CT vai ficar um pouco estreito.

27 - Jessé Mendes - O vencedor da última Tríplice Coroa Havaiana, o paulista Jessé Mendes tem um ano de aprovação no CT.

Pontos Fortes - Surfista completo, precisa lapidar seu posicionamento para entubar de backside.
Pontos Fracos – Inconstância.
Oportunidades - Tentar uma vaga nas Olimpiadas de Tóquio, além de se firmar entre os melhores do mundo.
Ameaças - Deixar para acordar no Tour apenas no segundo semestre pode ser tarde demais.
Opinião do Colunista – Surfa muito, brinca no QS e vai buscar os top 12 esse ano no WT.

Jessi Mendes (BRA)

26 – Peterson Crisanto - Com muito esforço e é claro, competência, uma das maiores promessas brasileira definitivamente ingressou no Dream Tour.

Pontos Fortes - Progressividade e capacidade de surfar ondas pequenas e mexidas.
Pontos Fracos – Ondas de consequência e tubulares. Oportunidades - Mostrar que não entrou por acaso e tentar também uma vaga nas Olimpíadas de 2020.
Ameaças - A falta de um patrocinador principal pode abalar seu psicológico.
Opinião do Colunista - Focar também no QS, caso contrário será "bate e volta".

25 – Ryan Callinan – Um dos grandes talentos australianos atuais retorna ao CT após passar por alguns problemas pessoais, como a morte de seus pais.

Pontos Fortes - Surfista completo, mas que possui um backside letal. Pontos Fracos – Como usa bastante as bordas em suas projeções, aparenta ser um pouco lento em seus movimentos.
Oportunidades - Se consolidar entre os melhores do mundo, além de uma vaga nas Olimpíadas.
Ameaças - não tem.
Opinião do Colunista - Surfa muito e vai buscar ingressar no top 8.

Ryan Callinan

24 – Seth Moniz - O rookie havaiano, filho do lendário Tony Moniz, vai para sua primeira temporada entre os melhores do mundo.

Pontos Fortes - Progressividade e aptidão para qualquer condição. Pontos Fracos – Por ser muito leve e baixo, não consegue demonstrar tanta forca em seus movimentos.
Oportunidades - Seth tem como grande objetivo, segundo o mesmo em uma entrevista recente, ficar entre os Top 16 desta temporada. Ameaças – não tem.
Opinião do Colunista – Precisar focar também no QS, caso contrário, um aninho e nada mais.

23 - Joan Duru - O super experiente francês Joan Duru, que nunca teve vida fácil no Tour, segue para mais uma temporada entre os melhores do mundo.

Pontos Fortes - Backside afiado, além de aptidão para ondas de consequência.
Pontos Fracos – Falta de progressividade.
Oportunidades – Fazer um grande ano e participar das Olimpíadas de Tóquio em 2020, com seu conterrâneo Jeremy Flores, únicos franceses na elite do surf mundial.
Ameaças - A nova geração do surf mundial com uma abordagem mais progressiva, uma grande ameaça para o francês.
Opinião do Colunista - Torcer para que haja etapas com ondas de consequência, caso contrário, mais um que tem grandes chances de sair do circuito em 2020.

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