A volta de Noronha

Nosso colunista Lalo Giudice comenta a expectativa para a etapa do QS 6000 em Fernando de Noronha


Gabriel Medina é o cabeça de chave número um em Noronha. Foto arquivo: Aleko Stergiou


Estamos de férias desde o último Pipe Master, vencido de forma espetacular pelo nosso agora bi campeão do mundo, Gabriel Medina, realizado em dezembro do ano passado. De lá pra cá, alguns eventos pequenos, que abriram o longo circuito World Qualifying Series, com maiores destaques para o prestigiado Volcom Pipe Pro, com Jack Robinson no topo e o QS de Israel, vencido pelo atual vice campeão mundial Pro Junior, o americano Eithan Osborne, ambos com nível 3000.

Como a primeira etapa do Championship Tour, o CT, só rola em abril e nossas colunas são realizadas apenas direcionadas aos circuito dos sonhos, abri uma exceção, solicitei a nosso chefe de redação para que pudéssemos falar sobre o Oi Hang Loose Pro Contest, etapa do QS de nível 6000, que rola entre os dias 19 a 24 de fevereiro, em Fernando de Noronha, já que existiria muita coisa envolvida nesse evento, além de ser o primeiro QS 6000 do ano.

A começar pela volta do Circuito Mundial em nosso paraíso, Fernando de Noronha. Palco de grandes eventos, tanto de nível nacional, quanto internacional, além de ser considerada por muitos a melhor onda do Brasil.

O Oi Hang Loose Pro Contest também marca a etapa de abertura da WSL South America, uma espécie de circuito sul-americano, onde são computadas todas as etapas do QS realizadas dentro da América do Sul. Título este que há tempos atrás não era muito requisitado pelos surfistas, porém, atualmente, o campeão ganha a vaga para participar das etapas de pontuação máxima, as de nível 10 mil pontos.

Outro fato que não podemos deixar de fora também é a presença de Gabriel Medina, que competirá como cabeça de chave número 1 do evento. Além de um grande treinamento e desafio para o inicio da temporada, a presença de Gabriel pode ter os dedos do seu patrocinador e do evento.

Quando lembramos dos eventos em Noronha no passado e olhando para os nossos conterrâneos baianos que competiram por lá, não podemos esquecer do ilheense Wilson Nora, que fez duas finais, ambos eventos válidos pelo Qualifying Series, batendo a marca de maior número de baterias disputadas no arquipélago pernambucano.

Outro baiano que também tem uma boa história com as ondas da Cacimba do Padre e já está inscrito no Oi Hang Loose Pro Contest, é o surfista de Vilas do Atlântico, Bino Lopes. Por lá foram duas finais, uma vitória em uma swell gigante histórico e uma quarta colocação, ambos eventos válidos pela Assossiação Brasileira de Surf Profissional, a Abrasp.

Finalizando o ranking do QS na 33º colocação em 2018, Bino decidiu não ir ao Havaii esse inicio de ano como de costume para participar das etapas de Pipe e Sunset. Preferiu intensificar na parte física, monitorada pelo renomado preparador físico Ricardo Lobão, além de treinamento diário de baterias, que contou com o olhar clínico e apurado de Bruno Galini , ex-competidor profissional, que veio de Ilhéus passar 15 dias em Vilas, com a única intensão de deixar nosso campeão brasileiro de 2015 mais confiante e pronto para o primeiro grande teste do ano.

Nós do Surfbahia desejamos toda sorte do mundo a todos os brasileiros neste evento, e é claro, aos nossos "baianos arretados" Bino Lopes e Franklin Serpa.

Boa sorte e boas ondas!

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