Novidades sonoras
Rodrigo Melo inaugura sua coluna no SurfBahia com dicas sonoras para os internautas
Rodrigo Melo inaugura sua coluna no SurfBahia e em seu primeiro texto nos apresenta dois discos para instigar os leitores do site.
Nascido em Ilhéus, Rodrigo é conhecido como "Catitu" e é escritor, tendo publicado o livro de contos "O sangue que corre nas veias". Gosta de música como gosta de literatura. Não tem banda e acha que toda vida, para ter ritmo e sentido, precisa ter algumas trilhas sonoras.
- Seasurfer é uma banda de Hamburgo que faz um som autoproclamado de dreampunk. Lançaram, em meados de 2014, o primeiro disco, intitulado Dive In. Aí você para e me pergunta: de Hamburgo? Pois é, meu velho, de Hamburgo. Esqueça esse juízo preconcebido que muita gente chama de preconceito, de que o lugar define o som. Não existe mais isso, tanto que o Seasurfer, embora carregue algo de melancólico e de shoegaze em suas músicas, faz um som pra frente, que cai bem num dia de sol e em qualquer filme de surf moderno. Um desses discos que a gente coloca pra tocar e esquece, as músicas parecendo conhecidas, como se já tivéssemos escutado antes. Buscando uma referência, diria que recende a uma mistura de My Bloody Valentine com Placebo, além de ecoar algo de mais algumas outras bandas como The Dammed e Redd Kross. Vale fácil o confere.
- O nome da banda é Beastmilk, e depois que a gente escuta o disco Climax, lançado no fim de 2013, dá pra entender o porquê. Pedrada após pedrada, uma base forte, o baixo bem marcado, vocal e guitarras sem frescura nenhuma, mas ao mesmo tempo cheios de melodia. Os caras chutam todas as portas, derrubam tudo no chão. Um excelente disco de punk ou pós punk, para quem nos anos 80 e 90 gostava de escutar T.S.O.L., Misfits e Black Flag e, por que não, Bauhaus. Disco de responsa dessa banda finlandesa que funciona bem depois de uma dose de Jack Daniels ou antes de uma caída no mar.