Surfwear x roupas de surf
Derô José compara lojas surfwear e verdadeiras roupas de surf no Brasil
Por: Derô José
Sobre o título do texto tem duas coisas que sempre questiono com a galera do surf envolvida diretamente no processo organizacional, competitivo e mercadológico, ou então com as pessoas atentas e sensíveis às mudanças atuais que o surf anda realizando no comportamento das pessoas.
Vamos por partes. Primeiro na questão roupas de surf x surfwear. Aqui em Ilhéus, Sul da Bahia, quando não existia ou não se usava ainda este termo “surfwear”, a galera do surf, e principalmente nossos pais, ao menos os meus, chamava "roupa de surf ou marca de surf". Hoje em dia, roupa de surf tem outra conotação, eu acho que é mais utilizada para roupa de borracha ou neoprene para a prática do esporte em águas frias, mas até hoje me pego usando esse termo erradamente, porque é difícil achar uma surfwear que exprima a verdadeira magia do surf em uma camiseta.
Um dia desses estava em um show da banda O Rappa e fiquei observando as pessoas que passavam de um lugar mais reservado enquanto o show não começava e vi um desfile de camisas de várias surfwears. Era muita gente vestida e nelas, infelizmente, não vi nenhuma roupa de surf como as de antigamente, da década de 80 e começo dos anos 90.
As pessoas que vestiam, desculpe, mas quem estava vestido não parecia ser do surf. Não é preconceito, mas as surfwears são para o público que não é surf e sim para os que acham que surfam.
Atualmente, de surfwear praticamente só compro bermudas que realmente evoluíram bastante e dão prazer vestir, raras às vezes que eu comprei uma camisa de surfwear. As que eu tenho, ganhei de presente. Cadê as camisas com desenhos, fotos e imagens de gente surfando que existiam antes?
Isso me deixa triste. As últimas camisas que estampavam um cara com a prancha na mão que eu comprei não são surfwear e não foi em uma surfshop que as encontrei, e sim nas lojas de marcas de mauricinho e, consequentemente, não são surfwear. Estão bebendo na fonte do surf, já que o suf está ditando a moda jovem e anda em todos os níveis de mídia.
As camisas de surfwear que mais me dão tesão em ter hoje, são as camisas de campeonatos (sempre que posso peço alguma para um brother). Podem reparar se as camisas que vendem nas surfshops, das ditas surfwear, não parecem que são marcas do surf. Quando não são outdoor ambulantes, são uma camisa qualquer que poderia estar sendo vendida em qualquer magazine com listrinhas e a gente (eu não) compra porque patrocina os caras e está na moda.
Outra coisa sobre surfwear, principalmente nos nordestinos e baianos, é boicotar e estar atento às marcas que investem no surf. Quando vou comprar, primeiro olho se aquela loja investe no surf e depois a marca. Temos que prestigiar as marcas que investem no surf baiano e nordestino, pelo menos eu faço assim.
Vejo atletas baianos (Dennis Tihara , Heloy Júnior) que poderiam estar correndo Brasil Tour e WQS, mas são free surfers, sem patrocínio aqui no nosso estado e no Nordeste.
Sem contar Flávio Costa, atual top SuperSurf e sem patrocínio (não compro mais nada do seu antigo patrocinador), fiz isso também quando Mandinho (Armando Daltro) perdeu seu patrocinador principal, mesmo fazendo parte do WCT e sendo o atual campeão mundial no WQS na época.
A mídia, principalmente a nacional, vive exigindo um campeão mundial brasileiro, no entanto, os brasileiros em geral se identificam e idolatram mais os gringos do que os próprios representantes da pátria. Quero ver se as revistas teriam coragem de boicotar os gringos e não aceitar a veiculação de propagandas das marcas internacionais com os gringos. Se existem brasileiros patrocinados com essas marcas, as revistas deveriam exigir colocarem os brazucas nos anúncios.
Vamos tomar consciência do nosso papel de consumidor ao comprar, e lembre-se sempre, essa marca investe? Patrocina quem? Eu faço isso, estas coisas que estou dizendo também valem para as lojas em comprar as marcas que investem nos atletas do nosso estado.
É claro que não é para ser um Xiita, mas se pergunte antes de realizar a sua compra.
Nota SurfBahia - Não podemos esquecer de mencionar o nome das marcas que realmente investem em atletas e eventos na Bahia como a All Boards, Makai Surfwear, Mahalo, Colomy Brothers, Cobra D´água, Cyclone, Maresia, Stanley, Aquax, New Look, Smolder, Pena, Fish, Oakley, Wave Giant, Uot, Billabong, Backdoor, Radical Wave, Gênesis, 5C, Wahoo Brasil, South to South, Trip Surf Co, Necton, Aldeia do Surf, HC3 Friends, Invert Style e Lanyllas.
Vamos por partes. Primeiro na questão roupas de surf x surfwear. Aqui em Ilhéus, Sul da Bahia, quando não existia ou não se usava ainda este termo “surfwear”, a galera do surf, e principalmente nossos pais, ao menos os meus, chamava "roupa de surf ou marca de surf". Hoje em dia, roupa de surf tem outra conotação, eu acho que é mais utilizada para roupa de borracha ou neoprene para a prática do esporte em águas frias, mas até hoje me pego usando esse termo erradamente, porque é difícil achar uma surfwear que exprima a verdadeira magia do surf em uma camiseta.
Um dia desses estava em um show da banda O Rappa e fiquei observando as pessoas que passavam de um lugar mais reservado enquanto o show não começava e vi um desfile de camisas de várias surfwears. Era muita gente vestida e nelas, infelizmente, não vi nenhuma roupa de surf como as de antigamente, da década de 80 e começo dos anos 90.
As pessoas que vestiam, desculpe, mas quem estava vestido não parecia ser do surf. Não é preconceito, mas as surfwears são para o público que não é surf e sim para os que acham que surfam.
Atualmente, de surfwear praticamente só compro bermudas que realmente evoluíram bastante e dão prazer vestir, raras às vezes que eu comprei uma camisa de surfwear. As que eu tenho, ganhei de presente. Cadê as camisas com desenhos, fotos e imagens de gente surfando que existiam antes?
Isso me deixa triste. As últimas camisas que estampavam um cara com a prancha na mão que eu comprei não são surfwear e não foi em uma surfshop que as encontrei, e sim nas lojas de marcas de mauricinho e, consequentemente, não são surfwear. Estão bebendo na fonte do surf, já que o suf está ditando a moda jovem e anda em todos os níveis de mídia.
As camisas de surfwear que mais me dão tesão em ter hoje, são as camisas de campeonatos (sempre que posso peço alguma para um brother). Podem reparar se as camisas que vendem nas surfshops, das ditas surfwear, não parecem que são marcas do surf. Quando não são outdoor ambulantes, são uma camisa qualquer que poderia estar sendo vendida em qualquer magazine com listrinhas e a gente (eu não) compra porque patrocina os caras e está na moda.
Outra coisa sobre surfwear, principalmente nos nordestinos e baianos, é boicotar e estar atento às marcas que investem no surf. Quando vou comprar, primeiro olho se aquela loja investe no surf e depois a marca. Temos que prestigiar as marcas que investem no surf baiano e nordestino, pelo menos eu faço assim.
Vejo atletas baianos (Dennis Tihara , Heloy Júnior) que poderiam estar correndo Brasil Tour e WQS, mas são free surfers, sem patrocínio aqui no nosso estado e no Nordeste.
Sem contar Flávio Costa, atual top SuperSurf e sem patrocínio (não compro mais nada do seu antigo patrocinador), fiz isso também quando Mandinho (Armando Daltro) perdeu seu patrocinador principal, mesmo fazendo parte do WCT e sendo o atual campeão mundial no WQS na época.
A mídia, principalmente a nacional, vive exigindo um campeão mundial brasileiro, no entanto, os brasileiros em geral se identificam e idolatram mais os gringos do que os próprios representantes da pátria. Quero ver se as revistas teriam coragem de boicotar os gringos e não aceitar a veiculação de propagandas das marcas internacionais com os gringos. Se existem brasileiros patrocinados com essas marcas, as revistas deveriam exigir colocarem os brazucas nos anúncios.
Vamos tomar consciência do nosso papel de consumidor ao comprar, e lembre-se sempre, essa marca investe? Patrocina quem? Eu faço isso, estas coisas que estou dizendo também valem para as lojas em comprar as marcas que investem nos atletas do nosso estado.
É claro que não é para ser um Xiita, mas se pergunte antes de realizar a sua compra.
Nota SurfBahia - Não podemos esquecer de mencionar o nome das marcas que realmente investem em atletas e eventos na Bahia como a All Boards, Makai Surfwear, Mahalo, Colomy Brothers, Cobra D´água, Cyclone, Maresia, Stanley, Aquax, New Look, Smolder, Pena, Fish, Oakley, Wave Giant, Uot, Billabong, Backdoor, Radical Wave, Gênesis, 5C, Wahoo Brasil, South to South, Trip Surf Co, Necton, Aldeia do Surf, HC3 Friends, Invert Style e Lanyllas.
PUBLICIDADE
Relacionadas
Câmera Ao Vivo