
Segunda insana
Uri Valadão avança à sexta fase do Mundial nas bombas de Itacoatiara, Niterói (RJ)
O baiano Uri Valadão teve muito trabalho, mas conseguiu avançar à sexta fase do Itacoatiara Pro 2015, etapa de abertura do Circuito Mundial de Bodyboarding.
Em ondas insanas de até 4 metros nas séries e formação irregular, os atletas sentiram o peso de um dos picos mais famosos do Brasil, a praia de Itacoatiara, em Niterói (RJ).
Na quarta fase, todos os três baianos que ainda marcavam presença na etapa caíram diante dos adversários. Primeiro foi a vez de Leo Chagas amargar o quarto lugar na batalha contra o capixaba Helliton Loureiro (autor de notas 10 e 7.25), o lendário carioca Guilherme Tâmega (16.75 pontos no somatório) e o sul-africano Jared Houston, terceiro com 8.75.
Assim como Chagas, Uri Valadão viu um dos seus adversários conseguir um tubo nota 10 e ficou em situação complicada. Uri chegou a liderar a disputa, mas o local Kalani Lattanzi estava em total sintonia com as ondas de Itacoá e venceu a bateria com 17.00 pontos no somatório. O baiano - autor de 4.25 e 7.75 - ainda caiu para terceiro nos instantes finais, quando o sul-africano Iain Campbell fez uma nota 6.65. Em quarto ficou o jovem carioca Sócrates Santana.
Na sequência, Israel Salas tentou avançar direto à sexta fase, mas também se deu mal. Mesmo com uma ótima atuação, somando 8.25 e 7.50, Salas foi parado pelo carioca Sergio Luis, que arrancou 9.75 e 8.75 para deixar Israel Salas em segundo e os também brasileiros David Barbosa e Franscirley Ferreira em terceiro e quarto, respectivamente.
Na quinta fase, Leo Chagas voltou a enfrentar Guilherme Tâmega e novamente perdeu, ficando atrás do chileno Matias Dias. Com o resultado, Chagas termina a prova em 25o lugar e com US$ 400 de prêmio.
No último duelo, Uri Valadão, Israel Salas e Franscirley Ferreira brigaram por duas vagas. Uri não começou bem na bateria e Israel optou por esperar pacientemente no outside, enquanto o carioca botou pressão com 7.50 numa direita.
Depois de uma longa espera, Israel investiu numa direita e tentou completar um aéreo sensacional, mas foi engolido pela espuma na aterrissagem. Foi a única onda que ele pegou durante toda a bateria, o que deixou Uri e Franscirley em situação mais tranquila.
Com muita dificuldade para entrar em sintonia com as condições do mar, Uri teve de suar muito a lycra para melhorar sua pontuação. A onda salvadora foi uma direita turbulenta atacada com um aéreo invertido na junção e completada já no inside, depois de uma grande batalha contra a espuma.
O baiano ainda teve a oportunidade de avançar em primeiro, mas errou um backflip na última onda. Agora, Uri se prepara para enfrentar o amigo e ídolo Guilherme Tâmega na sexta fase. O duelo reúne ainda o talentoso australiano Lewy Finnegan.
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