No final de setembro, tive a oportunidade de ir ao Chile e aí estava a chance de conhecer Pichilemu.

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Foi tudo de última hora. Antes da partida, fui conferir a previsão e tinha um swell grande encostando um dia depois da data da minha volta, mas, como tava tudo conspirando a meu favor, consegui com que uma semana virasse 12 dias.

Pichilemu fica localizada 250 quilômetros ao Sul de Santiago. Aluguei um carro e parti junto com a minha esposa Karina.

Chegamos lá em um domingo à tarde. O termômetro marcava 12 graus e rolava um vento bem frio. Fui logo checar os picos de La Puntilla, Infernillo e Punta Lobos, que tinha pouco mais de 1 metro.

Em Infernillo tinha um cara de bike vendo o mar. Fui falar com ele. Era o brasileiro Marcos Paulista, que mora lá há 6 anos fazendo pranchas e móveis.

Marcamos o surf no dia seguinte, lá mesmo em Infernillo, junto com o filho dele, Lucas Gonzaga, garoto de 16 anos nascido em Florianópols. Há dois anos ele mora com o pai e se dedica 100% ao surf, em busca de apoio para competições e para o surf em ondas grandes.

O mar tinha dado uma subida e pegamos boas ondas com 2 metros e só nós três na água. Isso se repetiu algumas vezes em Infernillo e Punta Lobos, com altas ondas e só nós três na água.

Mas, foi no domingo seguinte que o Lucas se destacou. O swell entrou e as séries atingiam os 18 pés (6 metros) em Punta Lobos. Mais uma vez, só a gente no mar. Eu e Marcos fomos cuspidos para fora, enquanto Lucas ficou lá dentro sozinho e pegou umas três bombas.

Na segunda, o mar aliviou para uns 12 pés (4 metros) e aí, sim, pegamos altas, com direito a churrasco no final. De novo só a gente na remada e uma dupla de tow-in que apareceu, mas quando nos viu remando partiu para outra seção. No dia seguinte, era dia de partir e, para fechar com chave de ouro, as ondas quebravam perfeitas, com 2 metros e um sol lindo no céu.

Agradeço ao apoio de Marcos e de Lucas durante essa trip!