Paraíso no Índico

Uri Valadão descreve trip de lua de mel para ilha de Seychelles


Recentemente, fiz uma viagem tão bacana que gostaria de compartilhar um pouco dessa experiência com vocês. No fim de janeiro eu me casei, então eu e minha esposa resolvemos fazer a lua de mel em um lugar que não é nada comum. Queríamos um paraíso que não fosse rota dos brasileiros, queríamos algo diferente.

A ideia era fazer o safari na África (rota comum) e depois ir para alguma ilha paradisíaca e pouco conhecida. As rotas muito comuns entre os brasileiros que normalmente vão pra África é estender depois para as ilhas Maurício ou Zanzibar, que, por sinal, são lugares fenomenais!

Porém, queríamos um lugar diferente pra desbravar… Pesquisamos bastante, e com ajuda da minha cunhada, encontramos um lugar precioso, um arquipélago de ilhas chamado Seychelles.

Antes de embarcar para lá, fizemos uma parada em Joanesburgo, e de lá fomos de carro até o Kruger National Park, a maior reserva da África e uma das melhores para fazer o Safari. Para quem gosta de natureza, recomendo demais essa viagem! Ficamos três dias imersos no meio da natureza e foi uma das melhores experiências que já vivi.

Depois do Safari, voltamos para Joanesburgo para visitar o museu do apartheid. Foi mais uma experiência fantástica ver de perto a luta de Nelson Mandela e tantos outros guerreiros para vencer a barreira da discriminação racial dessa história tão recente e que ainda conseguimos ver em nosso dia a dia os resquícios de uma cultura cruel.

A sensação que senti quando saí do museu era: “Precisamos mudar o mundo”…
É uma realidade chocante, e ver um homem como Mandela fazer o que ele fez inspira a gente a fazer o máximo todos os dias por um mundo melhor! Enfim, foi demais e precisamos continuar e honrar as coisas boas que Mandela fez.

Após mais essa experiência incrível, era hora de embarcar para o arquipélago de Seychelles. A expectativa era grande pra desbravar aquelas ilhas no meio do Oceano Índico.

Na chegada do avião, passando e olhando as ilhas do alto, já vimos o que esperava por nós. Era surreal observar as cores do mar e a natureza exuberante daquele lugar. Era visível também o verde que preenchia grande parte das ilhas. Seychelles tem em torno de 50% de área preservada e isso foi um dos motivos pelo qual escolhemos este paraíso.

O propósito da viagem não era surfe, mas ir para um arquipélago com 115 ilhas no meio do Oceano Índico e não levar a prancha, não seria eu (risos)!

Eu já havia pesquisado sobre potencial de ondas por lá e não encontrei nada muito animador, mesmo assim, resolvi levar a prancha porque sabia que tinha chance de desbravar encontrar alguma onda perdida.

Desembarcamos na ilha de Mahé, mas fomos logo no dia seguinte para a ilha de Praslin, a segunda maior ilha de Seychelles. Ficamos hospedado na frente de uma praia linda, mas não era nem de longe a mais bonita.

Por incrível que pareça, na frente da nossa casa havia umas lajes de pedra quebrando umas ondinhas, e apesar de estar muito pequeno, vi muito potencial em três bancadas que quebravam uns mini tubinhos para a direita. A época não era favorável, pois era verão por lá, mas fico imaginando aquilo ali dando onda… Deve ser incrível!

Curtimos bastante essa ilha. Visitei praias fenomenais com a cor da água muito azul e muita natureza em volta. Uma das últimas praias que visitamos dessa ilha tinha o acesso por dentro de um mega hotel de luxo. O acesso era restrito a um número de pessoas, tinha que parar o carro fora do hotel e caminhar por 30 minutos. Acabei deixando a prancha no carro e chegando lá me arrependi.

A praia era surreal de linda, com água muito azul e umas ondinhas que lembravam a Joatinga, no Rio. Era uma praia pequena e uma das mais lindas que já conheci, e fiquei babando, vendo várias ondinhas triangulares quebrando. De qualquer forma, curtimos bastante.

No dia seguinte fomos para a ilha de La Digue. Essa ilha é muito especial, bem preservada, quase não há carros e todos por lá usam bike. Confesso que me apaixonei por essa ilha. É maravilhoso ficar num lugar lindo e só passeando de bike ou a pé, sem barulho ou poluição dos carros das grandes cidades.

Exploramos muito essa ilha, conhecemos quase todas as praias e ainda fizemos passeio de barco alucinante por umas ilhotas paradisíacas. A vida marinha lá é muito rica e foi sem dúvida o lugar mais incrível que já mergulhei na vida. Vi arraias, tubarões, muitos peixes diferentes e um jardim de corais que brilham no fundo do mar.

Seguimos o nosso roteiro, e depois de passar quatro dias em La Digue, fomos a para a ilha de Mahé para passar mais 5 dias por lá e finalizar a trip dos sonhos.

Mahé é a maior ilha de Seychelles, e a mais urbana também. Confesso que quando cheguei em Mahé, fiquei na deprê. Me senti de volta à cidade e à vida urbana. Demorei um dia pra conseguir me readaptar…

No fim das contas, quando começamos a conhecer as praias de Mahé, fiquei mais tranquilo porque também havia umas praias fenomenais, vazias e tranquilas, como eu gosto, e inclusive foi lá que conhecemos uma das praias mais bonitas de todas. Mas, pra ser sincero, o astral da ilha de La Digue não tem igual…

Passeando pela ilha de Mahé, me deparei com algumas bancadas de corais que eram distantes, mas dava pra ver um potencial enorme nas ondas que quebravam sobre essas rasas bancadas de pedra. As ondas quebravam com perfeição. Marquei todos os picos e espero voltar lá numa época boa de ondas e quem sabe da próxima vez conseguir pegar altas ondas também.

Foi uma viagem de sonho, sem dúvida uma das melhores trips que já fiz e um dos lugares mais surreais que já conheci. Ficam as boas lembranças e espero voltar lá em breve.

*Fonte Waves

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