O outono na Bahia começou com boas ondulações. Como atleta profissional de kitesurf e Stand Up, considero essa a melhor época para treinos, isso porque é possível mesclar as três modalidades (Surf, Kite e SUP) e se manter no rip para as competições que vão ocorrer durante o ano de 2017.

Quando o swell entra, os primeiros dias normalmente ventam forte e o mar fica mexido, hora de pegar o kite, que usa a força do vento para surfar, voar e praticar manobras aéreas, já que o kite facilita pra isso. A praia de Buraquinho favorece, pois tem ondas e poucas pessoas, oferecendo diversão e segurança aos praticantes dessa modalidade.

Após as chuvas, o mar alisa e se o período estiver alto, picos como Busca Vida, Farol de Itapuã e outros reef breaks quebram com tamanho e volume, hora de pegar a prancha de SUP e dropar as maiores do dia. Com o Stand Up é possível se posicionar melhor e entrar na onda cedo, o que favorece ao big surf. Lembrando que se você não tem experiência nesse esporte, não surfe no meio de outros surfistas por questões de segurança. Surf tradicional de pranchinha tem prioridade sobre o SUP e sobre o Kite.

Quando o mar começa a baixar e continua liso, hora de colocar a 5,9 round nervosa e espancar a vala. O surfe de pranchinha é a base de tudo e uso isso para tentar melhorar minha linha nos dois esportes que atuo em competição: Kite e SUP.

Ano passado fiz algumas finais no Baiano de SUP e na etapa do Barravento fui vice-campeão, e devo aos treinos de pranchinha essa evolução.

Com muita humildade, tenho aprendido muito com os big rider baianos e nos melhores dias sempre encontro com Flávio Maia, Roberto Viera, Gustavo Kombi, Maurício Abubakir, Jairo Flores, Rogério Flores e Bruno Pitanga, entre outros casca-grossas que estou tendo o privilégio de conviver.

Gratidão máxima por essa terra abençoada, que proporciona diversão para todos os esportes de prancha. Aloha!