Lembranças havaianas

Beto Dias viaja em família para o Hawaii e compartilha seus momentos no arquipélago


Em dezembro do ano passado, durante a janela do último Pipe Master, viajei com minha mãe e meu irmão em nossa primeira trip juntos depois de adultos e não poderia ter sido melhor. Começamos a trip pela ilha do Kauai na idéia de surfar o máximo possível sem crowd, já que a fome estava intensa pela falta de ondas aqui na Bahia. Minha mãe, Dona Neusa, não iria ficar apenas na areia, já que ela é amante do golf, campeã baiana várias vezes e sendo assim aproveitou bastante os campos no Hawaii.

O Kauai me surpreendeu de cara com sua beleza, considerada a Garden Island, a ilha jardim de todas as ilhas havaianas, visuais incríveis, cachoeiras, preços mais baixos (comparado com Oahu) e ondas clássicas, como o pico dos irmãos Irons, chamado Canons. A Pipeline do Kauai. Esse pico clássico me presenteou, da primeira queda, com um tubo de 3 sessões incrível, com direito a ter a família na areia vendo tudo. Foi o melhor tubo da viagem.

Apesar do Kauai ter menos crowd que as outras ilhas, Canons é a onda em que todos os locais estarão quando estiver bom. Não tire fotos do surf se não quiser ir pra casa mais cedo.

Dias de muito surf em Canons e picos secretos com nosso amigo e guia Brian Carlson.

Depois de uma semana de muito surf e visuais inesquecíveis, fomos assistir o Pipe Master e tentar achar umas ondas no crowd implacável do North shore de Oahu.

Chegamos na casa do Burle pela noite, minha mãe já não o via desde 1992, quando ele passou por Salvador para vender roupas após voltar de Bali, antes de começar sua bem sucedida carreira de big rider. Vida nada fácil, já que teve que ir pra Nazaré na noite seguinte, após a chamada para o campeonato da WSL e deixar sua família, que chegaria em 2 dias para passarem o Natal juntos. No final, valeu a pena pelo seu segundo lugar no campeonato de ondas grandes e com 49 anos de idade.

North Shore de Oahu, meca do surf mundial, onde estive pela última vez há 15 anos. Sempre bom estar no Hawaii, muitos amigos que ficaram por lá, outros que vão surfar, trabalhar e voltam pra o Brasil. Como Laureano Sobrinho, potiguar radicado e parceiro do Rio de janeiro, que lamina as pranchas da equipe da Pyzel, e as pranchas do Ben Aipa, durante todo inverno havaiano há 15 anos! Não é pra qualquer um não e Lauri tem muita moral com os locais e considerado um dos melhores laminadores.

Foi muito show reencontrar o Filipe Toledo, junto com Ricardinho, além de Adriano de Sousa, durante o Pipe e presenciar eles destruindo as ondas no topo no mundo do surf. Ambos estiveram conosco hospedados em Busca Vida quando ainda eram grommets.

Pipe e Off the Wall, para variar estava aquela batalha de profissionais atrás dos treinos e da foto da temporada, nada que me motivasse a estar nessa disputa. Com 48 anos, quero surfar muito e sem stress, então, foi uma semana de muito surf em Sunset, Rocky Point e Seven Wholes quando o vento apertou e o mar ficou grande no norte da ilha.

Dava pra ficar por lá uns meses, como das outras vezes que estive, mas o dever no Surf Camp me chamava e chegou a hora de vir pra casa. 

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