Etapa cancelada na Austrália
WSL cancela etapa no oeste australiano devido ao risco de novos ataques de tubarão
WSL cancela etapa no oeste australiano devido ao risco de novos ataques de tubarão. Foto: WSL. |
A WSL confirmou o cancelamento do Margaret River Pro devido ao risco de novos ataques de tubarão no oeste australiano.
No último domingo, dois free surfers foram atacados enquanto se divertiam em algumas praias da região.
O primeiro ocorreu em Cobblestones e a vítima foi um argentino de 37 anos que reside na região. Horas depois, na praia de Lefthanders, um australiano de 41 anos também foi atacado.
Os ataques geraram pânico na região e protestos de atletas como os brasileiros Gabriel Medina, Adriano de Souza e Italo Ferreira.
Em reunião ocorrida nesta terça, a WSL optou por cancelar a prova, mas afirmou que existe chance de a etapa ser finalizada em um lugar diferente no decorrer da temporada, apesar de a entidade ter em suas regras a possibilidade de dividir os pontos e a premiação.
No momento, todos os atletas derrotados no round 3 masculino ficam empatados na 13a posição, enquanto as meninas que chegaram às quartas de final terminam em quinto.
“Eu não me sinto seguro treinando e competindo nesse tipo de lugar. A qualquer hora pode acontecer alguma coisa com um de nós. Espero que não. Deixando minha opinião antes que seja tarde!”, comentou Gabriel Medina no Instagram.
O também campeão mundial Adriano de Souza compartilhou o post do compatriota. “Nem eu me sinto seguro. Acordar cedo aqui para treinar, a cada ano que passa, fica cada vez mais difícil. Parece que temos que perder alguém no nosso grupo para aí, sim, abrirem os olhos. Obrigado, Gabriel Medina”.
Um dos líderes do ranking mundial, Italo Ferreira também mostrou insegurança. “Dois ataques de tubarão em menos de 24h aqui na Austrália. Detalhe, a apenas alguns quilômetros de onde está sendo realizado o evento. Muito perigoso, não acham? Mesmo assim, continuam insistindo em fazer etapas onde o risco de ter esse tipo de acidente é 90%, aí eu pergunto: a segurança dos atletas não é prioridade? Já tivemos vários alertas. A vida vale mais do que isso! Espero que não aconteça com nenhum de nós. Eu não me sinto confortável treinando e competindo em lugares assim!”, protestou.