Bino Lopes passa a ser alternate do Championship Tour em 2017. Foto: WSL / Cestari

Dos males, o menor. Assim podemos definir a situação do baiano Bino Lopes depois do Pipe Masters, última etapa do Championship Tour 2016. Com os resultados da prova nesta segunda-feira, o baiano passa a ser suplente da elite mundial em 2017 - junto com o norte-americano Nat Young - e pode disputar o Tour em caso de alguma desistência.

Bino estava na torcida para que ao menos dois tops da elite que estavam se classificando pelo Qualifying Series conseguissem a permanência pelo próprio ranking da divisão de elite.

Com as prematuras derrotas de Jack Freestone e Jadson André em Pipeline, as atenções de Bino estavam todas voltadas para Jeremy Flores e Kanoa Igarashi, além de depender do tropeço de Nat Young, último colocado no grupo dos 22 que se garantem pelo ranking do CT.

Quando Nat Young chegou à quarta fase, Bino precisava que Jeremy Flores vencesse a etapa e Kanoa Igarashi chegasse no mínimo às semifinais.

Jeremy vinha surfando muito bem, mas perdeu para nas quartas para Kolohe Andino, também muito inspirado.

A partir daí, já sem chance de se garantir na elite mundial, Bino passou a torcer para terminar o ano como alternate (suplente). Assim, ele será chamado pela World Surf League para o lugar de qualquer atleta que se aposentar ou se machucar em 2017.

Com a classificação de Kanoa pelo ranking do CT, o norte-americano "dispensou" sua vaga no QS, herdada pelo amigo havaiano Ezekiel Lau. Agora, Bino passa a ser o alternate do Tour. Se Ezekiel não se classificasse, a WSL não teria nenhuma obrigação de chamar o baiano como substituto para as etapas, já que, pela regra, o circuito tem apenas dois alternates (o que primeiro que ficou fora do ranking do QS e o primeiro que ficou fora pelo ranking do CT).