Exímio competidor
Armando Daltro analisa vitória de Gabriel Medina em Hossegor, França
Gabriel Medina vence mais uma vez a etapa francesa do Tour. Foto: WSL / Poullenot. |
A praia de Hossegor, na França, sempre recebeu muito bem os brasileiros, principalmente Gabriel Medina, que vem fazendo estrago desde o tempo de grommet. Este ano, mesmo com a brilhante performance em Teahupoo, faltava a ele uma vitória e uma melhor posição no ranking da WSL.
Medina surfou muito de backside, variando suas rasgadas potentes e fluidas, com os aéreos no momento certo. Voltou a competir no estilo original, pegando várias ondas no início da bateria, e acabou dando certo. Acredito que a confiança que faltava retornou ao nosso campeão e agora é partir para Portugal em busca de outra vitória para encostar de vez nos lideres.
O evento deu excelentes condições todos os dias, ondas de 4 a 6 pés tubulares e também com algumas paredes longas proporcionando aos tops uma grande oportunidade de manobras. Mesmo assim, por se tratar de um beach break, algumas baterias tiveram condições inferiores e com menos qualidade.
Os surfistas que estão com os aéreos reverses, backflips e full rotation no pé, estão conseguindo bons scores em ondas com menos espaço, e com isso, conseguindo passar algumas baterias sem se preocupar em pegar ondas tão boas.
Continuo achando que essas manobras, se executadas isoladamente, devem ter uma pontuação máxima inferior à excelente, em se tratando de um mar que esteja oferecendo ondas longas, que devem ser preenchidas com várias manobras.
A bateria do evento foi sem dúvida a semifinal entre Medina e John John. O brasileiro iniciou muito bem e neutralizou o atual campeão mundial e líder da temporada, surfando forte de backside e ariscando um backflip numa onda intermediária que lhe valeu a classificação.
Na melhor onda de John John, Medina estava com a prioridade e acabou errando ao permitir que ele surfasse a melhor onda da bateria. Por muito pouco, John John não virou.
Após essa etapa, a disputa pelo título ficou menos acirrada. John John tem tudo para conquistar o bicampeonato, mas Jordy Smith e Medina precisam vender caro essa conquista. Estou na torcida por Medina e pela decisão em Pipe!