Leitura de J-Bay
Armando Daltro explica as seções de J-Bay e aponta favoritos para a etapa sul-africana
Para Armando Daltro, Adriano de Souza é um dos favoritos ao título na África do Sul. Foto: Luca Castro / @lucaxiz. |
A próxima etapa da WSL acontecerá a partir de 12 de julho, nas direitas geladas de Jeffreys Bay.
A onda de J-Bay é longa e com várias seções. A competição fica restrita a três partes. A onda começa num trecho mais volumoso, chamado Boneyards, depois acelera em Super Tubes e pode chegar a Impossible. Por isso, a experiência e o conhecimento do pico são importantíssimos para conseguir aplicar as manobras certas em cada seção específica.
Conheci J-Bay em 1994, um dia depois da conquista do tetracampeonato mundial de futebol pelo Brasil. Estavam comigo Wagner Pupo, Christiano Spirro, Tinguinha Lima, Márcio Okumura e Renato Phebo entre outros. Fomos disputar uma etapa do QS de pouca importância (pelos pontos), mas de muito interesse pela qualidade das ondas.
Apesar de todo o frio, pegamos altas ondas de até 8 pés. Foi, sem dúvida, a direita mais longa que eu já surfei em toda a minha vida.
Voltando ao CT, a briga pelo título está bastante acirrada e minhas apostas para essa etapa são de que os regulares irão dominar as primeiras posições. Entre os favoritos, poderia citar Jordy Smith, John John, Adriano de Souza, Mick Fanning, Joel Parkinson e Julian Wilson.
Como a maioria dos brasileiros, vou torcer muito pelo Brazilian Storm, principalmente por uma recuperação de Medina, mas não acredito numa vitória dele nessa etapa.
Quem pode surpreender é Filipe Toledo, que deve estar com a faca nos dentes depois de ter ficado de fora da etapa em Fiji.
Façam suas apostas.