Som potente

Nosso colunista musical Rodrigo Melo atualiza nossos leitores com o melhor da música


Nosso colunista musical Rodrigo Melo volta com mais um texto sobre o que acontece de melhor na música e destila suas impressões com opções para todos os estilos e ritmos.

Action Bronson - Mr. Wonderful

Action Bronson chuta tudo pela frente com o melhor do rap/hip hop que você pode encontrar. Esqueça o politicamente correto, esqueça os discos feitos milimetricamente para entrar nas paradas de sucesso, esqueça a turma que alivia. Aqui não há lugar para meio termo, as letras, que funcionam como um murro de um boxeador peso pesado, uma pedrada após a outra, sem frescura. Que me desculpem os puritanos e os sonhadores, mas o universo de Action
Bronson é assim, um tapa na cara que a realidade dá. Bom para quem tem um Cadillac conversível e gosta de passear por aí.



Brick + Mortar - Bangs

Excelente banda, que na verdade é um duo: Brandon Asraf (baixo e vocal) e John Tacon (bateria, samples e vocais). O som deles é como a turma fala, um indie rock moderno, cheio de influências eletrônicas, mas sem soar chato, maçante ou cabeça demais. O álbum inteiro é bom, sem brechas, músicas que poderiam tocar facilmente nas rádios, se tivéssemos rádios de qualidade. Nunca lento, virtuoso: todas as músicas seguem numa mistura de indie, pop, punk e eletrônico que deu incrivelmente certo. Som para filme de surf. Destaque para as músicas Locked in the Cage e Heatstroke.



Interpol – El Pintor

A palavra El Pintor tem as mesmas letras que Interpol, embora dispostas numa ordem diferente. Não sei o significado disso, mas o que importa mesmo é que o Interpol voltou a fazer um álbum bom. Uma das bandas mais importantes que surgiram depois da virada do milênio, lançou Turn on the Bright Lights, disco que influenciou centenas de bandas e chegou até mesmo a criar um estilo, ou pelo menos uma linha. O Interpol nos últimos discos deu sinais de estar perdendo o fôlego, talvez por conta da saída do baixista. El Pintor no entanto varre para debaixo do tapete essa impressão, mesmo que não seja o seu melhor disco, contém excelentes canções e traz de volta as guitarras marcantes e reverberadas. Paul Banks inspirado e momentos de luz que fazem a gente voltar a acreditar que daquele mato ainda pode sair coelho. Um disco pra escutar com calma.


 

INVSN –  Mais uma banda sueca para variar. Na verdade um híbrido, já que é um projeto paralelo de alguns integrantes de bandas bem conhecidas como Internacional Noise Conspiracy, Lykke Li, Refused e DS-13. A linha que seguem é um mix de darkwave, post punk, grunge, um tanto de industrial e indie rock. Parece muita coisa, mas ao escutar vai descobrir que eles conseguem mesmo juntar essas influências, e o resultado, tentando resumir, é um som que recende a Joy Division e a Killing Joke, só que uma pegada mais atual, com bastante melodia, reverbe, os refrões grudando e o disco inteiro tendo a mesma qualidade. Destaque para It's All Coming Back, Distorted Heartbeat e The Promise.

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